Um dia isso vai acabar.
Eu e o chão seremos um só, de um jeito ou de outro.
Eu tenho dado pedra àqueles que me pedem pão, e eu não aguento mais esse peso. O que sinto tem se tornado mais do que eu posso carregar, e nessa caminhada meus pés vão afundando durante o trajeto.
É um labirinto que muda seus corredores constantemente, apresentando espelhos distorcidos em suas paredes, que refletem uma irrealidade. Por vezes o oxigénio nesse lugar diminui, a falta de ar toma conta, e com ela, a labirintite.
O chão roda, o céu roda e o coração para.
Um dia isso vai acabar.
Um dia tem que acabar.